VOZ

Desde ontem, ao despertar pela manhã, a voz me persegue: TEMPO
Abri os olhos e a primeira imagem, relâmpago, foi a de você, sentada diante de mim, conversando, e se dissipou na realidade desse tempo de cá.
Durante o dia muitos sinais diziam-me do tempo das coisas. “Dê tempo.” “ Tudo tem seu tempo.” E projetos, intuições, tudo me vinha, perfeitamente organizado em mente.
Hoje, novamente, o tempo das coisas me perseguiu. E a magia me falava do Tempo.
Muitas bocas falaram do tempo. Variadas imagens...
Tempo, tempo, tempo, tempo...
Muitas bocas falaram do tempo. Variadas imagens...
Tempo, tempo, tempo, tempo...
Não tenho pressa da vida. Urgência eu sinto em amar. A vida é breve, mas o que a torna curta mesmo é o que temos de cumprir aqui, assim, quanto mais obrigações, e conforme for a urgência em cumpri-las, mais ou menos tempo nos atará a este espaço.
Cada um no seu ritmo. Desafinando, entoando compassadamente; a medida do tempo é igual à genética que registra a digital das pessoas.
O relógio não me diz mais nada, além do atraso para a primeira aula que eu deveria dar pontualmente. O calendário mais nada, além do agendamento da entrevista para o próximo trabalho. O espelho não me diz nada além das melhores fases de minha vida: maturidade conquistada.
O tempo amanhece e adormece comigo. Eu agradeço a oportunidade de poder acompanhá-lo ao lado de meus tesouros. Meus guardados.
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